Segundo a Constituição Federal a educação constitui um direito social, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O Brasil tem desenvolvido políticas públicas voltadas a educação e conquistou a universalização do acesso ao ensino fundamental com 97,2% de crianças de 7 a 14 anos na escola. Entretanto muitas melhorias ainda terão que ser implementadas até romper com a cultura do fracasso escolar, a gangrena no sistema público educacional do país.
O fracasso escolar é um tumor que corrói a educação. È importante notar, ao se falar de fracasso escolar, quando o déficit na aprendizagem obscurece a fragilidade da escola, já que o mau êxito tem como fator principal a ação pedagógica. A escola não consegue atender às necessidades, às diversidades do aluno. È fundamental não perder de vista que o mau desempenho pode também ocorrer dependendo do contexto familiar e sócio-cultural do aluno. Segundo Demo (2004) cuidar da aprendizagem do aluno é olhar cada um com atenção...
Assim sendo, a esperança de que existam recursos dentro do âmbito escolar que possibilitem a superação do fracasso, torna viável esse estudo.
A escola pode contribuir transformando esses resultados. Buscar alternativas para a compreensão e transposição do mau êxito escolar como diz Esteban (2001) em citação de Lima “assumindo o fracasso escolar como um desafio, é importante avançar no sentido de discutir os mecanismos escolares que o produzem e assinalar movimentos que constituam possíveis alternativas para a superação”.
Gurgel avalia que entre outros fatores que influenciam na qualidade da escola, o professor é, sem dúvida, o mais importante e, por isso, a formação inicial e continuada é tão importante. Daí que a escola precisa ter em mente, ao traçar ações para estabelecer o sucesso escolar, a formação continuada dos professores, como medida efetiva e priorizada, permitindo ainda espaços para os aspectos didáticos e reavaliação do currículo.
Por isso o fracasso escolar, que cotidianamente tem nos perturbado, precisa ser transmutado em melhoria dos indicadores que completem nossos sonhos.
• GURGEL, Thaís. A origem do sucesso (e do fracasso) escolar. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/origem-sucesso-fracasso-escolar-419845.shtml. Acessado em: 19 de novembro de 2011.
• PATTO, M.H.S. A produção do fracasso escolar : historias de submissão e rebeldia. São Paulo: T.A Queiroz,1990.
• LIMA, Teofilândia. A Avaliação como “Mediadora” do Fracasso Escolar e da Exclusão Social. Disponível em http://creedbrasil.blogspot.com/2007/12/avaliao-como-mediadora-do-fracasso_20.html . Acessado em 19 de novembro de 2011.
• FORGIARINI Solange & SILVA João Carlos. Escola Pública: Fracasso Escolar numa Perpectiva Histórica. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-2.pdf . Acessado em 18 de novembro de 2011.
• DOURADO, L.F. Fracasso escolar no Brasil: Políticas, programas e estratégias de prevenção ao fracasso escolar. Ministério da Educação. ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR –Documento Regional BRASIL: Disponível em http://www.porlainclusion.educ.ar/documentos/Brasil.pdf. Acessado em 16 de novembro de 2011.
