A vida

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

(Charles Chaplin)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Blog: uma reflexão


Palavra sonora, onomatopeica, brincalhona é blog. Lembra-me a poesia A bolha de Cecília Meireles. Blog, blog, blog, blog...
Até pouquíssimo tempo não conhecia um blog e hoje já tenho um. Que avanço! Blog criado, ôpa!?! E agora? Vamos estudar. Parece até ousadia fazer um curso do uso de tecnologias na educação com um conhecimento tão superficial das tecnologias disponíveis.
No texto “Blog: diário (de aprendizagem) na rede” Paola Gentile fala que blog é um recurso que os jovens - milhões e milhões - estão usando nesses tempos modernos. Para falar rápido, talvez, criaram vocabulário próprio, abreviados. Bem resumidinhos.
Essa forma de diário pessoal on-line pode ser uma divertida forma de compartilhar novidades com amigos, como as antigas trocas de bilhetes, mas mais intenso e mais eficaz. Ou pode ser um blog coletivo de um grupo de amigos: “blog do Mc Fly”, “blog da Escola Beatriz”...
Então essa ferramenta tão usada pode servir, em sala de aula, para acompanhar e divulgar projetos e tem uma vantagem sobre muitos outros meios: a interatividade. Cada dado estudado, as novas informações, fotografias, outras imagens, músicas, entrevistas, podem ser colocados no blog e cada colega contribui com comentários das publicações, assim vão se enriquecendo uns aos outros. O blog também pode ser visto e ter os conteúdos comentados por amigos, colegas de escola, professores e familiares.
Alguns sites disponibilizam serviços gratuitos para criação de blog, com passo a passo bastante fáceis de seguir. Para acessar um blog e fazer comentários é necessário somente entrar com o endereço, mas para fazer as postagens ou alterar conteúdos, layouts, etc necessita-se da senha de seu criador.
Há discussões sobre o vocabulário usado nos blogs pelos jovens: permitir o uso da linguagem blogueira ou não!? Não é consenso. Acreditamos, porém, que para uma melhor organização das ideias, clareza dos assuntos apresentados e para divulgar ao público geral esse conhecimento estudado a linguagem padrão tem mais aceitação.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Divulgação de Pesquisa

















Projeto Biografia e autobiografia


Análise e avaliação


Análise


  • Nesse projeto os estudantes são convidados a registrar suas marcas pessoais, suas lembranças mais queridas e fatos relevantes de suas vidas e transformar o conjunto de suas histórias em livro.

  • O projeto oportuniza boas situações de aprendizagem, de atmosfera colaborativa e respeito à diversidade dos textos dos estudantes ;

  • Ao final do trabalho foram convidados pais e outras personalidades para o lançamento do livro e celebração dessa conquista.


Ao longo do desenvolvimento do projeto, é possível avaliar:



  • A pertinência dos textos produzidos pelos estudantes em relação à sua função social, à sua forma e aos seus aspectos lingüísticos;

  • nOcorrência de marcas de revisão nos textos dos alunos, convencionadas em grupo; (não alterar a ideia do autor, estar atentos à clareza, solicitar nova leitura depois da mudança realizada etc.)

  • Uso de comportamentos para a escrita: definir o gênero, planejar/decidir que aspectos serão tratados no texto, considerar o destinatário ausente;

  • Qualidade e propriedade dos comentários das crianças nas rodas de revisão de texto;

  • Uso de marcas textuais no discurso oral;




Biografias e autobiografias

Tema: Biografias e Autobiografias

Conteúdos curriculares envolvidos: Língua Portuguesa e História

Números de alunos: 35 estudantes de séries finais do Ensino Fundamental

Tecnologias: Giz e quadro, computador, máquina fotográfica, livros impressos, e impressora.

Mídias utilizadas: Tv, internet e livros impressos

Duração: 2 a 4 meses

Projeto desenvolvido por: Beatriz Goveia

Postado em: http://revistaescola.abril.com.br

Atitudes dos alunos: Apropriação da linguagem escrita, iniciativas individuais, independência para selecionar fatos relevantes da vida, análise sobre a estrutura de biografias, ampliação de atitudes do coletivo, favorecimento do hábito de planejamento.

Desenvolvimento das atividades

Nesse projeto os estudantes são convidados a registrar suas marcas pessoais, suas lembranças mais queridas e fatos relevantes de suas vidas e transformar o conjunto de suas histórias em livro.
E para a apropriação da linguagem escrita e a capacidade criadora são realizadas leituras de biografias de personalidades da música, pintura e literatura (Portinari, Villa Lobos e Mozart) e identificar as características desse tipo de texto que os diferencia dos demais. Depois é elaborado roteiro que contemple os assuntos escolhidos para suas biografias. Também é listado o que pode deixar o texto mais atraente aos leitores e enumerados expressões, palavras e conectores para serem usados em suas biografias (desde então, tal qual, predileta, emocionante, porém, silenciosamente...).
Feito isso parte-se então para a temporada de produção de texto, seguida de revisões e ajustes. O professor deve oportunizar boas situações de aprendizagem, de atmosfera colaborativa e respeito à diversidade presente nos textos dos estudantes.
Os textos são lidos em sala e, se achar oportuno, o aluno pode escrever uma outra versão baseada nos comentários dos colegas.
Os alunos usam o labin e digitam suas autobiografias. Um outro passo importante é a ilustração das histórias. São tiradas fotografias e os próprios alunos usam recursos da internet como o fotomoldura para incrementar seus retratos. O professor escreve a introdução e o índice. A capa é escolhida pelos estudantes entre as fotografias da turma durante a produção do livro.
No dia do lançamento pais e outras personalidades são convidados para celebração dessa conquista.

Zeneide Maria Filgueiras

LITEROBLOG

LITEROBLOG: a criação de um blog literário em sala de aula

Com o objetivo de melhorar a comunicação e expressão dos estudantes, o contato com gêneros textuais, como também trabalhar os temas gramaticais do curso a professora Ana Graziela Cabral associou o uso de recursos tecnológicos á produção do conhecimento, criando um blog literário com seus alunos. É uma proposta para ser desenvolvida a longo prazo e com resultados duradouros.
Ana Graziela propôs inicialmente estudo do gênero conto trabalhando os elementos da narrativa - foco narrativo, enredo, tempo espaço – fundamentos para a construção de narrativas. Depois estudou o mini-conto, que pelo pouco tamanho serve como um atrativo positivo aos alunos e um bom começo para eles continuarem a ser autores textuais desse e de outros gêneros. Foram sugeridos os endereços para pesquisa inicial nos links: http://www.mundovestibular.com.br/articles/7333/1/Elementos-da-Narrativa-Video-Aula/Paacutegina1.html Foi proposta seleção dos melhores textos para a postagem. Elegeu-se também para a composição do literoblog a postagem de charges, tirinhas, textos de autores consagrados... com atenção a autoria das publicações.
Consideramos interessante a indicação de links de pesquisa sobre todo o conteúdo estudado: sobre os gêneros textuais conto e mini-conto, leitura de mini-conto de autores consagrados, sobre blogs – suas funções e ferramentas.
Propôs-se a interação dos estudantes ao longo de todo o processo de criação e das postagens dos textos. E aos estudantes coube a formatação do site: a apresentação do blog ao público, o layout, o registro do desenvolvimento do projeto, a seleção de imagens relacionada a cada mini-conto, a busca de textos literários consagrados, as charges, as tirinhas, as imagens.
A sugestão foi que o blog fosse divulgado entre os familiares e pessoas em geral para que pudessem compartilhar as postagens feitas e receber comentários a fim de motivar a manutenção do blog.
Um ponto muito interessante, foi o de criar em sala de aula momentos para discussão das postagens para aprofundar a discussão sobre a sistematização de alguns conteúdos gramaticais que acharam relevantes para aprimorar a escrita dos alunos: pontuação, o uso de pronomes, escolha do vocabulário, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, correlação entre os tempos verbais... espaço para sugestões de modificações e tirar duvidas.
Para fechar as discussões, mostrou-se aos alunos um vídeo que fala sobre as influências positivas e negativas da tecnologia na vida humana. Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=RuDYAjK88bw. De maneira humorada, esse vídeo pode despertar os alunos para o fato de que, apesar das vantagens que a informatização pode trazer para o homem, ela também traz sérias consequências, e dever ser utilizada conscientemente.
A comparação entre as primeiras postagens e as mais recentes traça o percurso de desempenho do aluno, quanto à capacidade de produção escrita, da criatividade e dos recursos utilizados no blog parece um bom parâmetro para avaliação do trabalho.
Concluí que temos trabalhado com esse mesmo objetivo nas produções textuais tradicionais utilizando outros recursos para despertar a atenção e motivação nos estudantes, entretanto esse recurso sugerido com certeza pareceu-me mais eficiente por ser mais atraente aos jovens.


Zeneide Maria Filgueiras

Refletindo sobre a identidade do professor

Refletindo sobre a identidade do professor e sobre a
própria aprendizagem

“O educador não é nunca simplesmente um papel, uma função,
um personagem, uma ruela residual da máquina educativa e,
se assim o for é porque se demitiu como pessoa.” Moacir Gadotti

Nós educadores temos ouvido um chamado insistente de nosso povo – um convite: tentar ler diferentemente a educação que vivemos e que praticamos. Preocupados não apenas com o conteúdo e a forma do que ensinamos, mas com o contexto ao qual estamos ensinando. Dirigirmos atenção às necessidades de nossa sociedade, com tudo que a compõe: suas angústias, problemas e inquietações.
O nosso desejo não é apenas analisar o ambiente em que estamos inseridos, mas intervir nele. O sistema de ensino é capaz, confiamos que é¸ de desenvolver em todos a capacidade de pensar, com uma formação geral e política, mas não bastam discursos para que as coisas mudem.
Os desafios propostos a nós estão postos em uma mesa farta: pensar na aprendizagem dos alunos e em nossa própria; aprender caminhos e ensinar caminhos; perceber que a aprendizagem é uma atividade contínua do professor.
Nesse papel não cabe a nós professores sermos obedientes, servis, mas autônomos no pensar a educação, fazer a educação e auto gerir a própria aprendizagem. Exige autodeterminação e um pensamento investigativo para que, como, para quem, contra quem estamos trabalhando? Não viver uma educação neutra que serve aos propósitos do capitalismo, pois a neutralidade aparente aliena. Basta de a educação fazer o que a classe dominante lhe pede. Educação nesse pensar não se consegue com treinamento ou domesticação.
Como essa visão mais perto de nossa realidade devemos produzir além de nossa aprendizagem intelectual, mas igualmente a aprendizagem afetiva, a social e a política.

Zeneide Maria Filgueiras

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GADOTTI, Moacir. Educação e Poder, 13. ed. – São Paulo-SP Cortez, 2003.