A vida

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

(Charles Chaplin)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Projeto Político Pedagógico da escola e o uso das TIC

O Projeto Político Pedagógico da escola Beatriz Rodrigues adota um processo democrático de decisões com a participação desses segmentos, visando inovar sua prática. E ao Elaborar e executar sua proposta pedagógica tem a autonomia de organizar o seu próprio trabalho pedagógico, privilegiando o ensino enquanto construção de desenvolvimento pleno das potencialidades do aluno e sua inserção no ambiente social, utilizando os parâmetros curriculares da base nacional comum e os temas transversais, trabalhados em sua contextualização.
Por não perder de vista o contexto real em que a escola está inserida o conhecimento das tecnologias e sua inserção nas práticas pedagógicas não poderia ficar a margem da realidade externa à escola. O uso pedagógico das tecnologias tem ocorrido de modo a tornar as aulas mais interessantes e atrativas. Sabemos que elas por si mesmas não são suficientes para garantir a aprendizagem, não garantem mudanças no processo ensino aprendizagem, mas propiciam novas formas de lidar com a informação, de produzir conhecimento. Permitem conexões entre as pessoas e seus saberes.
Além da grade curricular básica, a escola realiza projetos enfocando a parte diversificada, que é trabalhada, na maioria desses projetos, de forma interdisciplinar. Os projetos são trabalhados com temas que envolvem o cotidiano do aluno. Os temas constantes no PPP são: conscientização ambiental e escolar, de Palmas e do Brasil; valores: patriotismo; sexualidade; cidadania e outros.
ESCOLA, FAMÍLIA E COMUNIDADE: PARCEIROS DA APRENDIZAGEM
LEITURA E ESCRITA: UM MERGULHO NO MAR DA DIVERSIDADE TEXTUAL
ESCOLA E COMUNIDADE: CAMINHO SEGURO PARA A PAZ NO TRÂNSITO
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA: VALORIZANDO NOSSA GENTE
JORNAL NA SALA DE AULA: UMA JANELA DE PAPEL ABERTA AO MUNDO DO CONHECIMENTO
CIÊNCIAS: SEMEANDO CONHECIMENTO - COLHENDO QUALIDADE DE VIDA
PROJETO APOIO À APRENDIZAGEM
A escola dispõe de recursos como: TV, som, microfone, Data Show, caixa amplificada, microfone, retroprojetor, computador, notbook, internet ,Dvd,máquina fotográfica e vários outros recursos e os professores têm desenvolvendo as atividades mediadas por tecnologias. O Projeto Consciência Negra, por exemplo, os alunos fizeram vídeos de documentários e de humor e o registro fotográfico também é feito por alunos No projeto Jornal na sala de aula, os alunos fizeram cadastro no Jornal O Tocantins e enviam suas histórias via on-line ao jornal, e algumas já foram publicadas em sua edição de domingo.
Cada vez mais esses recursos estão sendo inseridos na prática de sala de aula. E essa rede tecnológica é reconhecidamente necessária ao nosso projeto político pedagógico, não sendo um currículo cujo conteúdo de estudos incide sobre as tecnologias em si mesmas e sim da construção do currículo de áreas distintas de conhecimento, tendo como suporte as tecnologias.

Que atividade podem ser desenvolvidas em sala para que possa acontecer aulas dinâmicas e participativas?

A metodologia participativa facilita os processos de reflexão pessoais, interpessoais e de ensino-aprendizagem, integrando o grupo e estabelecendo vínculos de afetividade e respeito mútuo. Algumas técnicas-atividades são sugeridas:
Ø Psicodrama - utiliza recursos de ação dramática e criação artística - a dramatização. onde as cenas da vida cotidiana protagonizam, sendo um tipo de teatro interativo e baseado na improvisação, para se trabalhar as relações sociais e superação de conflitos.
Ø Dinâmica de grupo – o trabalho com dinâmica de grupo facilita a construção do conhecimento, permite a troca de ideias e opiniões e possibilita a prática da cooperação para conseguir um fim comum.
Ø Atividades lúdicas (vivenciais) - Esta abordagem, que considera as experiências e saberes existentes, pode ser entendida como um processo estimulador de mudanças individuais e coletivas.
Ø Aulas criativas e divertidas
Ressalta-se, porém, que não se propõe o fim das aulas expositivas. Antunes diz “Na escola, as técnicas pedagógicas devem alternar-se com aulas expositivas a ser aplicadas sempre que houver necessidade de fixação de algum conteúdo.” (ANTUNES, 2002, P. 19)

O perfil ideal de um professor que consegue fazer uma boa gestão da sala de aula

Para executar todas as atividades que lhe são inerentes – preparar aulas, explicar o que tem que ser aprendido, acompanhar as atividades, checar os resultados, saber conviver com os alunos, influenciam comportamentos, formam valores, trabalham formas de convívio e deveres - o professor deve possuir características muito especiais.
Considera-se as características de um bom professor em quatro dimensões: educativa, didática, organizacional e relativa a valores. Vejamos:
Professor enquanto profissional
Ø está em contínuo aperfeiçoamento
Ø desenvolve habilidades cognitivas voltadas à resolução de problemas
Ø forma um conceito sobre seu trabalho
Ø tem consciência de seus valores e normas
Ø fundamenta-se em uma concepção de educação
Ø comunica-se eficazmente

Professor enquanto educador
Ø percebe a relação entre educação familiar e ensino
Ø assume responsabilidade pedagógica pelo que faz
Ø cria uma atmosfera pedagógica positiva
Ø compreende as diferenças socioculturais
Ø identifica necessidades de cuidados sociopedagógicos especiais
Ø estimula o trabalho independente
Ø incentiva a cooperação entre os alunos

Professor como especialista em didática
Ø adapta materiais e metodologias
Ø seleciona, utiliza e desenvolve métodos de ensino
Ø utiliza o modelo da instrução direta
Ø domina o manejo de classe
Ø auxilia os alunos a aproveitar bem o tempo de aprendizagem dedicado à realização das atividades escolares
Ø planeja suas ações

Professor como membro de uma equipe
Ø investe em seu aperfeiçoamento profissional contínuo
Ø solicita a consultoria dos colegas e oferece consultoria a eles
Ø procura estabelecer parcerias
Ø compartilha informações e dialogia com pais e tutores
Fonte: Este texto foi reproduzido da publicação “Pequenos Passos Rumo ao Êxito para Todos” da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo

Reflexão

Um computador não faz uma aula, um dvd também não. Assim como não é uma máquina fotográfica, datashow, televisão ou quaisquer outros recursos tecnológicos que por si só faz uma aula ser produtiva e que promova a aprendizagem dos alunos. Vimos, entretanto, nos textos lidos que essas ferramentas podem vir a ser poderosíssimos recursos à disposição  de nós educadores.
Podemos, sim, planejar uma boa aula e enriquecê-la com chats, vídeos interessantes, microfones, música, etc... e os alunos fixarem mais eficazmente essa aula. Ou podemos também usar esses recursos sem muito critério e planejamento e sairmos frustrados porque não houve boa receptividade dos alunos e não auxiliou a aprendizagem.
Então, realmente, o grande diferencial numa aula é o professor.
Temos lido ótimos depoimentos de colegas nos fóruns de discussão. Todos estamos buscando ser esse professor líder, esse diferencial.

domingo, 22 de agosto de 2010

Nero, o poder e a loucura

Aproveitando o momento democrático das eleições para a maioria dos cargos eletivos no Brasil é que estudamos a série “Sou César” para analisar a trajetória do imperador Nero e conhecer o contexto histórico da Roma Antiga à época de Nero.

As questões levantadas pelos alunos mostram o interesse em resolver as questões político-sociais da atualidade e em tentar entender o contexto daquela época em que vigorou um regime que se caracterizou pelo poder concentrado em um único homem ‘o imperador’, sem uma eleição popular, ou mesmo sem uma avaliação de seus atos, em que os pareceres e iniciativas desse homem/poder eram incontestáveis.

Do debate acirrado surgiram questões que geraram polêmica:

O que imobiliza mais as pessoas e permite que aceitem os desmandos de alguns dirigentes na antiguidade? E na atualidade? O medo, a indiferença ou a vontade de participar do favoritismo desse podre poder?

Algumas diferenças e algumas semelhanças o poder imperial de Roma e poder político na atualidade.

A perseguição aos cristãos usada para ocultar a autoria de Nero em atrocidades.

Além disso, a pausa no vídeo em momento de clímax pôde proporcionar aos alunos a instigação do pensamento, da imaginação pela lógica, de continuar a história com os elementos já apresentados. Percebe-se a vontade de construir um mundo melhor, numa esperança nas soluções benévolas e eficazes: sem meio termo.

O documentário Nero, o poder e a loucura, pela aparente simplicidade da produção, despertou o interesse em criar vídeos a partir de figuras, recortes de revistas ou tirinhas, contando fatos da vida de Nero. Projeto esse a ser elaborado e desenvolvido após novo planejamento.

sábado, 21 de agosto de 2010

Direitos fundamentais

O papel do educador como facilitador do cumprimento dos dispositivos legais do direito e integração da pessoa com deficiência

Para descrever o papel de educadora como disseminadora do cumprimento do direito fundamental à proteção e à integração social da pessoa com deficiência é falar de meu despertar em todas as dimensões do tema: de estudo e de minha atuação que conecte a norma ao contexto em que estão inseridos meus alunos. Percebendo que a norma é um ‘mandamento’ do desenvolvimento pleno da pessoa e que eu, educadora, devo concretizá-la.

Deverei atuar estimulando todos os alunos a refletirem sobre o tema abordados, criando neles uma atitude proativa, trazendo assuntos e questões atuais para sala de aula em clima de descontração e respeito mútuo, utilizando sempre a contextualização que se adeque às situações práticas, aceitando as diferenças, promovendo um ensino mais humanista e desenvolvimento pleno que beneficiará toda sociedade.

È imprescindível o respeito às habilidades e atitudes específicas de cada aluno onde também deverá refletir na avaliação deste, sempre individualizada.

Esse é o nosso papel de educadores: papel afirmativo e de liderança.

domingo, 11 de julho de 2010

E aí, valeu a pena?

Se valeu? “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” já dizia Pessoa. As leituras sugeridas trouxeram-me uma luz para a temática de tecnologias na educação. O que fazer, para quem, como e quando. Mas especialmente destacou-se a necessidade de reflexão.

Os recursos tecnológicos estão em nossa sociedade, para o bem ou para o mal, então podemos escolher conhecê-los, nos apropriarmos dessas ferramentas ou ignorá-las e adiarmos nossa qualificação. Vimos que as tecnologias por si só não fazem uma aula produtiva com a aprendizagem dos alunos, mas essas ferramentas podem vir a ser poderosíssimos recursos à nossa disposição em educação.

Ao visitar a TV Escola, Revista Escola, Portal do Professor, etc., conhecemos muitos e melhores jeitos de trabalhar em sala de aula. Na maioria, são propostas simples que podem ser adaptadas ao nosso dia-a-dia. Podemos planejar uma boa aula e enriquecê-la com chats, vídeos, microfones, música, produzir vídeos etc... e os alunos fixarem mais eficazmente os conteúdos. Mas sem um planejamento minucioso essas ferramentas são esvaziadas de sentidos e não auxiliam a aprendizagem.

São interessantes as propostas do curso apresentadas: criação de blogs (os endereços dos colegas poderiam ficar em local mais acessível), planos de aula, postagem de links, fazer downloads e fórum de interação.

Fazendo esse estudo voltamos aos textos dos colegas e constatamos que mesmo com o tempo exíguo nós professores discutimos o fórum, planejamos, executamos e postamos aulas, estudamos, escrevemos... e também nos divertimos, graças a Deus (temos ótimas fotografias nos blogs). Estamos buscando mais conhecimento e melhor qualificação. Isso é aprendizagem permanente. E por isso reafirmamos que o grande diferencial na educação é o professor.

Reflexão de Videochat em inglês


Imagem: http://blogdolele.blog.uol.com.br/images/Lelengles.JPG
Para concretização desse videochat foram necessárias doze aulas. Trabalhou-se as informações necessárias para uma contato inicial com alguém. Informações da vida pública e privada e as diversas ferramentas de internet para conhecer pessoas, bem como discutiu-se as precações necessárias nesse contato.
Junto ao alunos, foi elaborado um formulário com os pontos que deveriam fazer parte da conversa: name, nationality, birth date, school’s name, school’s address, e-mail, grade, reading genres, musical genres, entertainment, hobbies. Com base no formulário, os estudantes criaram perguntas do tipo wh-questions (What’s your name?, when is your birthday?, what do you do in your free time? etc.). Debateu-se as possíveis respostas antes da realização da videoconferência.




A videoconferência aconteceu com o Skype, procurando certificar-se de que todos tivessem a possibilidade de se comunicar. Cada aluno registrou, no formulário, as informações sobre seu interlocutor.
Na conversação com os colegas entre as turmas que também estavam estudando o tema praticou-se a oralidade de inglês e foi possível observar problemas de pronúncia e de compreensão, abordando as principais dificuldades em aulas posteriores. Destacou-se principalmente a fluência dos alunos após alguns minutos de conversação.
Revista Escola:

Videochat em inglês
















Série: 6º e 7º anos

Disciplina: Língua Estrangeira

Vídeo escolhido: Do Re Mi ...From The Sound
of Music (With Lyrics)

Conteúdo que irá ministrar: - Compreensão e
Produção Oral



Compreensão e Produção Oral

- Wh-questions e Yes-no questions.
- Descrição de espaços.
- Expressão de gostos.




Objetivos

Participar de uma videoconferência, ou videochat, utilizando uma conversa informal

Questões a serem trabalhadas com os alunos para provocar reflexão sobre o conteúdo.

Para apresentar o gênero conversa, elabore com os alunos uma lista de informações pessoais que gostariam de saber quando conhecem alguém. Debata a diferença de informação privada e pública, pontuando sobre o que pode ser compartilhado num contato inicial com desconhecidos.


sexta-feira, 4 de junho de 2010


Vocábulos africanos
Ana Rosa Silva*

O que o aluno poderá aprender com essa aula

Estudar as palavras africanas incorporadas por nossa língua.
Conhecer o significado dessas palavras.
Apresentar a música "Moqueca de Idalina", de Nei Lopes, como referência para iniciar uma análise das palavras desconhecidas. (vamos ouvi-la agora?)

Público alvo

Alunos de séries finais do ensino fundamental.

Comentário

A África está aparecendo em todos os meios de comunicação devido ‘a copa do mundo 2010 que irá sediar. Mostram-se as curiosidades, a cultura rica e vasta, os países desse imenso continente (doravante todos vão lembrar que a África é um continente e não um país), a numerosa diversidade de línguas, economia, etc. E esse tema atrai os alunos para conhecer a África que está bem viva em nós brasileiros. Muitas vezes utilizamos termos africanos sem nos apercebermos de sua origem e a presença da cultura africana no Brasil é grande também no âmbito lingüístico
É importante apresentar aos alunos o significado de algumas palavras. Por exemplo, o termo "axé", popularmente conhecido como um estilo musical, representa a força mística dos orixás, as divindades de religiões africanas ou afro-brasileiras.

Preparação das atividades

Audição da música, do qual o trecho transcrito a seguir será a base para as atividades:
Moqueca de Idalina (Nei Lopes)

"Idalina mandou chamar você
Pra moqueca de fato que ela vai fazer, só no dendê
Idalina mandou chamar você
Pra moqueca de fato que ela vai fazer
Cem quilos de fato, só de cebola umas quatrocentas
Duzentos limões, novecentas pimentas e uma tonelada de amendoim
E achando isso pouco, Idalina botou o compadre Tinoco no maior sufoco
Ralando no toco duzentos mil cocos pra fazer quindim"

Estratégias e recursos das aulas

1) A turma é dividida em três ou quatro grupos, com o objetivo de cada um deles analisar o trecho da música apresentada.
2) É distribuído o trecho da música que contém as palavras africanas (moqueca, dendê, quindim), sem identificá-las, buscando aguçar a curiosidade dos alunos e a capacidade de percepção.
3) Cada grupo tenta identificar cada palavra que julgue ser de origem africana e seu significado.
4) Identificadas as palavras na música, pede-se que cada grupo faça listas com o maior número de palavras de origem africana. Estimula-se a busca em dicionário para verificar a etimologia das palavras.
5) Ver o texto palavras de origem africana e fazer anotações
6) Navegar o texto Afro-vocabulário, no site Lição de Casa http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/ult1687u24.jhtm
7) Montagem de um painel com as palavras de origem africana pesquisadas com o significado, ou desenhos, recortes, etc

Avaliação 

Durante todo o processo desenvolvido nessa seqüência de aulas, é interessante que os alunos sejam observados nos seguintes aspectos: a capacidade de usar dicionário, bem como sua interação com o grupo e contribuição em relação à aula; a capacidade de planejamento de ações durante a elaboração do painel.
Ouvir o que os alunos têm a dizer sobre os seus aprendizados nas atividades realizadas e sugestões de outros modos que eles julgam ser mais produtivos. Isso os ajudará a pensar a importância do papel deles na construção do próprio processo de ensino e aprendizagem e a desenvolver capacidades de criticidade.
Sugestão de aula da professora Ana Rosa Silva, publicado no site http://educacao.uol.com.br/planos-aula/

Palavras de origem africana

terça-feira, 25 de maio de 2010

Blog: uma reflexão


Palavra sonora, onomatopeica, brincalhona é blog. Lembra-me a poesia A bolha de Cecília Meireles. Blog, blog, blog, blog...
Até pouquíssimo tempo não conhecia um blog e hoje já tenho um. Que avanço! Blog criado, ôpa!?! E agora? Vamos estudar. Parece até ousadia fazer um curso do uso de tecnologias na educação com um conhecimento tão superficial das tecnologias disponíveis.
No texto “Blog: diário (de aprendizagem) na rede” Paola Gentile fala que blog é um recurso que os jovens - milhões e milhões - estão usando nesses tempos modernos. Para falar rápido, talvez, criaram vocabulário próprio, abreviados. Bem resumidinhos.
Essa forma de diário pessoal on-line pode ser uma divertida forma de compartilhar novidades com amigos, como as antigas trocas de bilhetes, mas mais intenso e mais eficaz. Ou pode ser um blog coletivo de um grupo de amigos: “blog do Mc Fly”, “blog da Escola Beatriz”...
Então essa ferramenta tão usada pode servir, em sala de aula, para acompanhar e divulgar projetos e tem uma vantagem sobre muitos outros meios: a interatividade. Cada dado estudado, as novas informações, fotografias, outras imagens, músicas, entrevistas, podem ser colocados no blog e cada colega contribui com comentários das publicações, assim vão se enriquecendo uns aos outros. O blog também pode ser visto e ter os conteúdos comentados por amigos, colegas de escola, professores e familiares.
Alguns sites disponibilizam serviços gratuitos para criação de blog, com passo a passo bastante fáceis de seguir. Para acessar um blog e fazer comentários é necessário somente entrar com o endereço, mas para fazer as postagens ou alterar conteúdos, layouts, etc necessita-se da senha de seu criador.
Há discussões sobre o vocabulário usado nos blogs pelos jovens: permitir o uso da linguagem blogueira ou não!? Não é consenso. Acreditamos, porém, que para uma melhor organização das ideias, clareza dos assuntos apresentados e para divulgar ao público geral esse conhecimento estudado a linguagem padrão tem mais aceitação.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Divulgação de Pesquisa

















Projeto Biografia e autobiografia


Análise e avaliação


Análise


  • Nesse projeto os estudantes são convidados a registrar suas marcas pessoais, suas lembranças mais queridas e fatos relevantes de suas vidas e transformar o conjunto de suas histórias em livro.

  • O projeto oportuniza boas situações de aprendizagem, de atmosfera colaborativa e respeito à diversidade dos textos dos estudantes ;

  • Ao final do trabalho foram convidados pais e outras personalidades para o lançamento do livro e celebração dessa conquista.


Ao longo do desenvolvimento do projeto, é possível avaliar:



  • A pertinência dos textos produzidos pelos estudantes em relação à sua função social, à sua forma e aos seus aspectos lingüísticos;

  • nOcorrência de marcas de revisão nos textos dos alunos, convencionadas em grupo; (não alterar a ideia do autor, estar atentos à clareza, solicitar nova leitura depois da mudança realizada etc.)

  • Uso de comportamentos para a escrita: definir o gênero, planejar/decidir que aspectos serão tratados no texto, considerar o destinatário ausente;

  • Qualidade e propriedade dos comentários das crianças nas rodas de revisão de texto;

  • Uso de marcas textuais no discurso oral;




Biografias e autobiografias

Tema: Biografias e Autobiografias

Conteúdos curriculares envolvidos: Língua Portuguesa e História

Números de alunos: 35 estudantes de séries finais do Ensino Fundamental

Tecnologias: Giz e quadro, computador, máquina fotográfica, livros impressos, e impressora.

Mídias utilizadas: Tv, internet e livros impressos

Duração: 2 a 4 meses

Projeto desenvolvido por: Beatriz Goveia

Postado em: http://revistaescola.abril.com.br

Atitudes dos alunos: Apropriação da linguagem escrita, iniciativas individuais, independência para selecionar fatos relevantes da vida, análise sobre a estrutura de biografias, ampliação de atitudes do coletivo, favorecimento do hábito de planejamento.

Desenvolvimento das atividades

Nesse projeto os estudantes são convidados a registrar suas marcas pessoais, suas lembranças mais queridas e fatos relevantes de suas vidas e transformar o conjunto de suas histórias em livro.
E para a apropriação da linguagem escrita e a capacidade criadora são realizadas leituras de biografias de personalidades da música, pintura e literatura (Portinari, Villa Lobos e Mozart) e identificar as características desse tipo de texto que os diferencia dos demais. Depois é elaborado roteiro que contemple os assuntos escolhidos para suas biografias. Também é listado o que pode deixar o texto mais atraente aos leitores e enumerados expressões, palavras e conectores para serem usados em suas biografias (desde então, tal qual, predileta, emocionante, porém, silenciosamente...).
Feito isso parte-se então para a temporada de produção de texto, seguida de revisões e ajustes. O professor deve oportunizar boas situações de aprendizagem, de atmosfera colaborativa e respeito à diversidade presente nos textos dos estudantes.
Os textos são lidos em sala e, se achar oportuno, o aluno pode escrever uma outra versão baseada nos comentários dos colegas.
Os alunos usam o labin e digitam suas autobiografias. Um outro passo importante é a ilustração das histórias. São tiradas fotografias e os próprios alunos usam recursos da internet como o fotomoldura para incrementar seus retratos. O professor escreve a introdução e o índice. A capa é escolhida pelos estudantes entre as fotografias da turma durante a produção do livro.
No dia do lançamento pais e outras personalidades são convidados para celebração dessa conquista.

Zeneide Maria Filgueiras

LITEROBLOG

LITEROBLOG: a criação de um blog literário em sala de aula

Com o objetivo de melhorar a comunicação e expressão dos estudantes, o contato com gêneros textuais, como também trabalhar os temas gramaticais do curso a professora Ana Graziela Cabral associou o uso de recursos tecnológicos á produção do conhecimento, criando um blog literário com seus alunos. É uma proposta para ser desenvolvida a longo prazo e com resultados duradouros.
Ana Graziela propôs inicialmente estudo do gênero conto trabalhando os elementos da narrativa - foco narrativo, enredo, tempo espaço – fundamentos para a construção de narrativas. Depois estudou o mini-conto, que pelo pouco tamanho serve como um atrativo positivo aos alunos e um bom começo para eles continuarem a ser autores textuais desse e de outros gêneros. Foram sugeridos os endereços para pesquisa inicial nos links: http://www.mundovestibular.com.br/articles/7333/1/Elementos-da-Narrativa-Video-Aula/Paacutegina1.html Foi proposta seleção dos melhores textos para a postagem. Elegeu-se também para a composição do literoblog a postagem de charges, tirinhas, textos de autores consagrados... com atenção a autoria das publicações.
Consideramos interessante a indicação de links de pesquisa sobre todo o conteúdo estudado: sobre os gêneros textuais conto e mini-conto, leitura de mini-conto de autores consagrados, sobre blogs – suas funções e ferramentas.
Propôs-se a interação dos estudantes ao longo de todo o processo de criação e das postagens dos textos. E aos estudantes coube a formatação do site: a apresentação do blog ao público, o layout, o registro do desenvolvimento do projeto, a seleção de imagens relacionada a cada mini-conto, a busca de textos literários consagrados, as charges, as tirinhas, as imagens.
A sugestão foi que o blog fosse divulgado entre os familiares e pessoas em geral para que pudessem compartilhar as postagens feitas e receber comentários a fim de motivar a manutenção do blog.
Um ponto muito interessante, foi o de criar em sala de aula momentos para discussão das postagens para aprofundar a discussão sobre a sistematização de alguns conteúdos gramaticais que acharam relevantes para aprimorar a escrita dos alunos: pontuação, o uso de pronomes, escolha do vocabulário, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, correlação entre os tempos verbais... espaço para sugestões de modificações e tirar duvidas.
Para fechar as discussões, mostrou-se aos alunos um vídeo que fala sobre as influências positivas e negativas da tecnologia na vida humana. Eis o link: http://www.youtube.com/watch?v=RuDYAjK88bw. De maneira humorada, esse vídeo pode despertar os alunos para o fato de que, apesar das vantagens que a informatização pode trazer para o homem, ela também traz sérias consequências, e dever ser utilizada conscientemente.
A comparação entre as primeiras postagens e as mais recentes traça o percurso de desempenho do aluno, quanto à capacidade de produção escrita, da criatividade e dos recursos utilizados no blog parece um bom parâmetro para avaliação do trabalho.
Concluí que temos trabalhado com esse mesmo objetivo nas produções textuais tradicionais utilizando outros recursos para despertar a atenção e motivação nos estudantes, entretanto esse recurso sugerido com certeza pareceu-me mais eficiente por ser mais atraente aos jovens.


Zeneide Maria Filgueiras

Refletindo sobre a identidade do professor

Refletindo sobre a identidade do professor e sobre a
própria aprendizagem

“O educador não é nunca simplesmente um papel, uma função,
um personagem, uma ruela residual da máquina educativa e,
se assim o for é porque se demitiu como pessoa.” Moacir Gadotti

Nós educadores temos ouvido um chamado insistente de nosso povo – um convite: tentar ler diferentemente a educação que vivemos e que praticamos. Preocupados não apenas com o conteúdo e a forma do que ensinamos, mas com o contexto ao qual estamos ensinando. Dirigirmos atenção às necessidades de nossa sociedade, com tudo que a compõe: suas angústias, problemas e inquietações.
O nosso desejo não é apenas analisar o ambiente em que estamos inseridos, mas intervir nele. O sistema de ensino é capaz, confiamos que é¸ de desenvolver em todos a capacidade de pensar, com uma formação geral e política, mas não bastam discursos para que as coisas mudem.
Os desafios propostos a nós estão postos em uma mesa farta: pensar na aprendizagem dos alunos e em nossa própria; aprender caminhos e ensinar caminhos; perceber que a aprendizagem é uma atividade contínua do professor.
Nesse papel não cabe a nós professores sermos obedientes, servis, mas autônomos no pensar a educação, fazer a educação e auto gerir a própria aprendizagem. Exige autodeterminação e um pensamento investigativo para que, como, para quem, contra quem estamos trabalhando? Não viver uma educação neutra que serve aos propósitos do capitalismo, pois a neutralidade aparente aliena. Basta de a educação fazer o que a classe dominante lhe pede. Educação nesse pensar não se consegue com treinamento ou domesticação.
Como essa visão mais perto de nossa realidade devemos produzir além de nossa aprendizagem intelectual, mas igualmente a aprendizagem afetiva, a social e a política.

Zeneide Maria Filgueiras

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GADOTTI, Moacir. Educação e Poder, 13. ed. – São Paulo-SP Cortez, 2003.